3 de abril de 2013

O tudo, o nada. . .!

Esse texto eu fiz a muito tempo. . . hoje, muitas das minhas ideias sobre ele foram aprimoradas, e eu sei como escreve-lo de uma forma melhor, mas não acho que isso seria uma boa ideia pro texto não perder suas características originais, por que se eu faço um texto melhor, vou esquecer o antigo. . .


O tudo, nada.
No mundo do nada, universo dos atos imprevisíveis, o lugar sem paredes ou chão, lugar branco escuro e negro claro, onde o universo não alcança e as leis e objetivos ainda não foram instaladas, tudo corria para a direita, mas o tudo ainda não existia.
Por um milagre irreal e um objetivo sem sentido, uma coisa incapaz de ser chamada de alguém, mas tão capaz quanto, passou a existir como se do nada e mais nada existia, só aquilo, que vagava pelo nada, sem ser capaz de ter um objetivo.
Aquilo que vagou pelo nada por toda a eternidade sem tempo denominou-se “o nada”, e não simplesmente nada.
Como se fosse outro milagre, outra coisa sem motivo de existência surgiu, como se do nada fosse, aquilo chamou-se “o tudo” e criou um objetivo de existência para si, que era construir, com a matéria inexistente, uma outra coisa irritado com o eterno puxar que o universo exercia sobre todos no nada.
O tudo precisava criar uma parede, e isto o fez, no período escuro que considerou dia, sendo logo depois o momento de seu descanso. Enquanto “o tudo” dormia como se morto fosse, “o nada” encontrou a parede e fez um pacto consigo mesmo de que sua existência deixaria de ser necessária caso não cumprisse com seu novo objetivo: destruir a parede do tudo.
No momento que “o tudo” descansava, “o nada” encostou-se de leve na parede e esta desabou com som estrondoso. “o tudo” logo acordou e olhando a situação de sua parede, tornou a construí-la, sendo este se único objetivo de existência. Após se longo trabalho, com um pouco mais de esforço do que da forma anterior, “o tudo” descansou. “o nada” não desistiu de seu objetivo e votou para destruir a parede, tendo êxito somente após um soco extremamente forte nesta.
No próximo momento em que “o tudo” açodou, sua parede estava destruída, mas não seu objetivo. “o tudo” novamente construiu a parede, com mais perfeição que antes. Aquilo tornou-se repetitivo por séculos, porem, a cada dia, “ o tudo” construía uma parede mais forte e “o nada” sentia mais dificuldade em destruí-la.
Certa era, “o nada” teve de levar  um grande aparelho que ele mesmo havia construído para destruir a parede. “o nada” jogou o objeto com toda força e a parede quebrou-se porem, manteve sua base intacta. “o tudo” teve o mesmo trabalho de sempre para reconstruí-la, fazendo-a sempre fica mais e mais forte.
Quando “o nada” resolveu novamente destruir a parede e partiu com seu grande martelo, usou um único golpe, certamente no centro da parede para destruí-la, porem seu martelo partiu-se em milhões de pedaços como se vidro fosse e a parede permaneceu intacta a, desvendando então, a morte do nada, que foi arrastado para o universo, despido de forças e tingiu-o de negro, dando finalmente paz ao tudo.



Comentários sobre o texto:

Acho que eu pequei nele no ponto em que eu tornei o "tudo" e o "nada" seres materiais, tocáveis  assim como a parede e o instrumento que o nada usou. Ele me parece na verdade, uma fabula,  que com personagens que não são animais... Esse texto foi um sucesso quando eu o escrevi.
No primeiro paragrafo eu fiz coisas bem contraditórias pra dar a intenção de que esse "local" em que se passa a historia é bem incompreensível.
No caso, a moral desta "fabula" seria: não desista de seus objetivos, ou coisa assim. Bem motivador!

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