18 de abril de 2013

Texto para suicidas!

Antes de postar o texto, alguns avisos:

1- Se você estiver em depressão, não leia este texto!


2- Se você não estiver em depressão, mas tem duvidas se a vida tem algum sentido e pensa em se matar caso ela não tenha um, não leia este texto!


3- Se você tiver duvidas se a vida tem um sentido, acha ela muito ruim e esta em depressão, não leia este texto!


4- Se você esta em depressão mas é curioso e vai ler este texto, não se mate depois!


5- Se você for um parente meu ou amigo e vai ler esse texto, saiba que o personagem não sou eu e essa é uma história fictícia que não é baseada em fatos reais! O mesmo vale para qualquer pessoa anonima que se preocupe comigo depois de ler esse texto.


 Agora que esta ciente dos avisos, o texto:



Eu não quero morrer
Quem nunca pensou no dia da sua morte? Parece uma coisa tão estranha. . . Eu vejo alguns morrerem e parece que nunca vai acontecer comigo, mas sim com todos a minha volta. É difícil de acreditar, parece uma mentira, uma lenda, mas não é.
A morte tem uma única face: a face boa! Vou explicar por que! Na face boa da morte, pode-se ver que ela aparece como uma salvadora, uma divisora de águas, que separa as épocas ruins das boas, mas eu não analiso desta forma a parte de noções religiosas. O que a morte faz é simplesmente impossibilita-lo de existir, o que é muito estranho, por que em um segundo você é obrigado a viver em uma realidade e é forçado a ama-la sem direito a pensamentos protestativos, e em outro momento você é arrancado da vida como um ursinho é puxado de uma criança ainda com dentes de leite. No doce mundo da morte não existe exatamente nada. Digo “doce mundo” por que nela, não existem os sofrimentos passados nessa vida, não existem cobranças ou coisas que lhe perturbem, lá também não existem as alegrias e as emoções, mas se percebermos que o anular das coisas ruins tem um valor mais significativo do que a perda dos momentos podemos ver que a morte é algo em que sua neutralidade se torna prazerosa. A face que a maioria das pessoas vê sobre a morte é a face “ruim”, que na verdade não existe. Nessa face às pessoas dizem sofrer por ter o fim do período prazeroso que passaram nessa vida, por não poder saber o que vai acontecer no mundo depois, por todas as nossas lutas e sofrimentos em busca de uma recompensa tornar-se poeira e serem levadas pelo vento, assim como nós seremos, pelo tempo que passamos em vida se tornar um período vazio sem ter um motivo para ter se iniciado, pois do mesmo nada que viemos onde tínhamos paz voltaremos para descansar desse período que surgiu sem ter uma explicação. Na verdade então, a morte é algo neutralmente bom, o eu é bem contraditório, e é fácil entender tudo isso, mas, captar a sua essência é impossível, simplesmente por que nós somos humanos, e quando nossa vida começou em tempos bem remotos, nós recebemos um terrível castigo: o medo da morte. Não só o medo, mas uma repugnância por ela e por tudo que tiver proximidade a suas verdades. Junto a essa repugnância, recebemos como castigo também um amor, uma admiração à vida, o que nos impede de acusa-la e protestar contra ela com nossos sentimentos, por que com nossas palavras podemos dizer tudo.
        O período tímido de minha vida poderia ser anulado sem fazer nenhuma diferença no que vivi ou vou viver, simplesmente por que a prova final pela qual passaremos vai tornar cada escolha que tomamos uma coisa inútil, feitas com alguns erros, simplesmente para tentar adiar essa “prova” e poder saber o que irá se passar nos brilhantes anos seguintes, que serão simplesmente um reflexo do passado, provavelmente com mais isolamentos sociais e tecnologias, para interligar as pessoas com um fio de eletricidade, novamente.
Eu não quero perder tudo, assim como qualquer outra pessoa, não quero perder minhas lutas, por que elas levantam meu ego me mostrando o quando consigo superar, nem minhas recompensas, que definem minhas posses, algo que vem conosco desde períodos primários. Eu não quero morrer!
          Ver tudo o que você ganhou e perdeu serem apagados da historia e escorrer pelos seus dedos como areia sem que você possa segurar parece algo que demonstra fraqueza, ou mostra um desespero para viver até quando a vida resolver arrancar tudo de você, nos últimos segundos, e isso ao parece bom... Mas na verdade, não é uma disputa de orgulho contra a morte, afinal, nada importa, já que todas as nossas verdades podem não valer nada para outra pessoa e nem para nós mesmos, afinal, estamos em constante mudança, e mesmo que a base de nossas culturas se mantenha até o final de nossos tempos, elas morreram junto a nós.
            Provavelmente, nossos descendentes conheceram a teoria básica de nossos conhecimentos, mas eles nunca interpretarão da mesma forma que nós interpretamos as verdades que nossos pais nos contaram e isso faz com que nossa cultura morra conosco no dia que todas as luzes se apagarem.
Essa vida de ironias e contradições é pior que a morte, tornando tudo uma mentira ou uma pergunta duvidosa cuja reposta só se encontre em crenças de um ser divino a morte, que até agora me refiro como um ponto seguro, também pode ser uma mentira. Não se abe nada e nem isso se sabe, por que todas as nossas verdades também poder ser o certo, ou não.
Mas agora vou mudar um pouco o foco do texto. Vocês, queridos parentes que estão lendo esta carta sem entender qual é a finalidade dela e o que tem a ver com o meu corpo morto no chão agora, tem de entender que eu me suicidei simplesmente pelo motivo a cima e espero que não ignorem isso, afinal, eu a fiz simplesmente para justificar o termino de uma vida tão comum e sem terríveis sofrimentos como a minha.
Para finalizar, gostaria de dizer que eu não me suicidei só por que a vida não tem um sentido, mas sim, por que ela é um sofrimento desnecessário, com recompensas ganhas por superar esse sofrimento, inúteis, afinal, um dia, elas serão arrancadas de mim mesmo que eu não queira.




Comentários sobre o texto:

Eu achei bem interessante e exótico o fato do titulo da carta desse suicida ser um apelo para não morrer... Espero que tenham captado a mensagem!
No primeiro paragrafo: Quem nunca teve essa sensação? Principalmente quando se tem um animal de estimação, por exemplo, e o  morrer, ou um parente não muito próximo.
Na frase "mas se percebermos que o anular das coisas ruins tem um valor mais significativo do que a perda dos bons momentos podemos ver que a morte é algo em que sua neutralidade se torna prazerosa" eu quis dizer que, na sua vida, você vive momentos bons e ruins, quando morrer, você não vai ter momentos bons, o que não vai lhe fazer nenhuma diferença e também não terá momentos ruins, o que vai ser bom. Isso torna a morte algo neutralmente bom!
No penúltimo paragrafo, a mudança de foco foi muito radical e direta. Eu acredito que teria ficado melhor caso eu tivesse feito uma pequena transição das informações sobre a vida e morte, até o fato do personagem ter se suicidado, mas achei que dessa forma também ficou legal, afinal, é outo ponto de vista.
O que vocês acharam do texto? Muito dramático não é? Por isso que eu disse, para quem estiver em depressão não ler. 
Se você, que já queria se matar, leu esse texto e se sentiu mais motivado, não se mate, a vida pode não ter um sentido, mas é muito mais prazerosa que a morte apesar de ter sofrimentos! Os problemas sempre passam, e por ter aturado-os sempre será recompensado de alguma forma pela vida! Se desistir assim, vai mostrar que é fracos para as outras pessoas que vão continuar vivas superando os desafios e ganhando prêmios por te-los destruído, alem de perder uma serie de recompensas que poderia ganhar se superasse o desafio que lhe fez tirar a vida! 
Um ultimo recadinho para os futuros suicidas: O destino não está escrito, ele pode ser modificado a qualquer momento, basta que você queira!

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